Factores de Transferência para enfrentar o cancro

20-05-2012 12:40

A resposta ao câncer está provavelmente no próprio sistema imunológico, treinado há milhões de anos para enfrentar qualquer enfermidade.

Uma capacidade que é transmitida através dos chamados fatores de transferência, presentes no colostro do leite materno, e que permitem ao recém nascido enfrentar um ambiente adverso precisamente quando se encontra mais vulnerável. Pois bem, duas correntes científicas estão trabalhando com eles como ferramenta no tratamento do câncer e outras patologias. A mais cientificamente consolidada, é a que os obtêm dos glóbulos brancos do sangue e já dispõe de experiência clínica positiva em pacientes de câncer. A ela se une a promissora investigação de certos laboratórios nutricionais que apostam na obtenção dos fatores de transferência do colostro bovino.

A grande maioria dos tratamentos alternativos e complementares contra o câncer apresentados por esta revista nos últimos meses tem uma característica comum: enfrentam a enfermidade mediante o uso de substâncias ou procedimentos dirigidos para potencializar o sistema imunológico e assim melhorar seu rendimento frente às células tumorais com um custo físico e anímico expressivamente menor do que os da quimioterapia e radioterapia, já que todos poderiam ser considerados reforços do sistema imunológico na luta contra o câncer.

Sabemos desde a sua descoberta que o sistema imunológico permite enfrentar qualquer patologia, em muitos casos previne-las, e que podemos nos imunizar mediante o uso de vacinas. Foi em 1776 quando o médico inglês Edwnrd Jenuer ministrou ai primeira vacina contra a varíola. Jenner havia observado que as amas de leite que se contaminavam com varíola bovina - que não causa problemas importantes à saúde - pareciam protegidas da varíola humana e para comprovar, em 14 de maio de 1796. Inoculou no corpo de um garoto chamado James Phipps, material retirado de uma pústula de lima mulher infetada com varíola bovina. Em 10 de junho. Uma vez que o menino havia-se recuperado da infeção Jenner lhe inocularia a varíola humana e como esperava o menino nunca desenvolveu a doença. Jenner denominaria a sua técnica de "Vacinação” , termo que deriva precisamente da palavra latina “vacca",

Mesmo sem saber como funcionava. Edward Jenner havia dado os primeiros passos no campo da imunoterapia, descobrindo uma maneira eficaz de impedir que as pessoas desenvolvessem enfermidades sérias – a primeira referência a existência dos vírus foi feita pelo botânico Dimitri Ivauovsky quase um século depois, em 1892. Curiosamente a conexão entre o câncer e o sistema imunológico havia sido descoberta dois anos antes - em1890 - quando ainda eram desconhecidos seus complexos mecanismos, de funcionamento.

Naquele ano o médico nova-iorquino  William B. Coley ficou intrigado com o desaparecimento de tumores malignos em pacientes de câncer que contraíram infeções estreptocócicas agudas, e suspeitando  que a resposta natural  do organismo à infeção bacteriana poderia ser a responsável pela regressão do tumor  decidiu realizar uma experiência e injetou e estreptococos vivos em um paciente com um câncer inoperável para ver se o tumor regrediria. Pois bem. após quatro culturas bacterianas a última resultou no desaparecimento completo do tumor!

Colye prosseguiu na sua investigação até desenvolver uma mistura de bactérias mortas- que se tornou conhecida como “as toxinas de Coley” com as quais tratou de mais de 1.ÓOO doentes de câncer em conjunto com outros médicos. Obteve resultados diferentes.

Deste modo como os resultados eram imprevisíveis o método terapêutico acabaria por cair no esquecimento.

Já em 1909 um cientista chamado Paul  Ehrlich afirmou pela primeira vez que a  incidência do câncer seria muito maior se não fosse pela vigilância do sistema imunológico capaz de identificar e eliminar células tumorais recém divididas. De acordo com essa afirmação nosso sistema de defesa assume o centro de controle do crescimento tumoral.

Aproximadamente 50 anos depois dois cientistas, - Lewis Thomas e Frank MacLane Burnet – retomariam a convicção de Paul Ehrlich e comunicariam que um tipo especial de célula imunológica - a "célula T"'- em o pivô central da resposta do sistema imunológico contra o câncer, Esse fato deu origem à expressão "vigilância imunológica" para descrever a atitude de alerta permanente elo sistema imunológico contra as células cancerígenas. Sem dúvida essa afirmação gerou uma notável polémica que duraria até a publicação na revista Nature, em 26 de abril de 2001 de uma pesquisa intitulada " IFN-gamma e os linfócitos previnem o desenvolvimento do tumor primário e estabelecem a imunogénesis do tumor".

O artigo foi escrito por Robert D Schreiber e seus colegas Washington University School of Medicine de St. Louis em colaboração com Lloyd J. Old - médico do Ludwig Institute for Cancer Research e do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center de Nova Iorque. A prova experimental apresentada no documento demonstrou inequivocamente que o sistema imunológico impede que os tumores se desenvolvam - ou mesmo que surjam - desempenhando assim, um importante papel protetor frente ao câncer.

Como era previsível um número cada vez maior ele cientistas estudariam a relação entre o sistema imunológico e as células tumorais. Atualmente dentre as estratégias mais usadas no amplo campo experimental da imunoterapia está a imunização de pacientes com material projetado para provocar uma resposta capaz de eliminar ou retardar crescimento tumoral. Neste grupo poderiam ser incluídos os trabalhos com antígenos tumorais, já que a identificação de genes que codificam a formação de cadeias peptídicas na superfície celular dos tumores e que podem ser reconhecidas pelas células T, proporcionam a base teórica para seu funcionamento.

Diferentemente da maioria das vacinas empregadas com agentes infeciosos a imunoterapia anti tumoral ativaria a resposta imunológica contra certos antígenos aos quais o sistema imunológico haja sido exposto anteriormente. Por essa razão, a vacinação com antígenos que apresentem proteínas e peptídicos tumorais poderia melhorar a eficácia do nosso sistema imunológico contra os processos tumorais. Lembremos nesta direção, as vacinas com antígenos da urina elaboradas pelo médico mexicano Salvador- Capistrán (veja a publicação a respeito no anexo "Cancer" no nosso website). É à essa linha de investigação que correspondem os trabalhos realizados com os Fatores de Transferência, dos quais vamos falar tanto dos genéricos quanto dos específicos para cada patologia.

 

A “Memória” do sistema imunológico

Em 1949 o doutor H. Sherwood Lawrence usou extratos de leucócitos, ou glóbulos brancos para demonstrar que a resposta imunológica se transfere de 1um ser humano positivo à exposição de um antígeno específico, para outro negativo ... através de pequenas proteínas às quais chamou Fatores de Transferência.

A irritação superficial (a resposta positiva) na pessoa que previamente não havia manifestado nenhuma resposta do Sistema Imunológico diante do antígeno específico, demonstrava que esta estava acontecendo e que o sistema imunológico havia adquirido conhecimento sobre o antígeno especifico através do fator de transferência.

O importante da pesquisa de Lawrence é que ela mostrou que a "memória imunológica" era transmitida sem necessidade de inocular anticorpos reais. Bastavam os Fatores de Transferência que são proteínas de baixo peso molecular.

Certamente. há os que até hoje neguem a realidade dos Fatores de Transferência. Ainda que não seja, é claro, o caso daqueles que trabalham com eles, como o doutor Sergio Estrada - pesquisador do Departamento de Imunologia da Escola Nacional de

Ciências Biológicas do InstitutoPoli Técnico Nacional do México e membro da Sociedad Mexicana de Imunologia - que trabalha há 30 anos com os fatores de crescimento. "No inicio ninguém acreditou em Lawrence - diz o doutor Estrada - e até hoje, há muita gente que não quer acreditar nem mesmo saber algo sobre os Fatores de Transferência, e somente se convencerão após começar usá-los no tratamento de pacientes",

Neste ponto há que se explicar que os Fatores de Transferência são cadeias peptídicas compostas de dezenas de aminoácidos que armazenam toda a experiência do sistema imunológico. O grande salto intelectual é entender que os Fatores de Transferência não transferem anticorpos nem os cria diretamente mas que sua função é educar ensinar as células do sistema imunológico a reconhecer antígenos específicos que lhe podiam passar despercebidos. Provavelmente seja por isso que a medicina alopática tenha problemas para admitir a existência e suas possibilidades terapêuticas. Em suma, é uma visão completamente diferente dos modelos farmacológicos tradicionais.

Cabe acrescentar que os Fatores de Transferência não curam nada, apenas agem para tomar o sistema imunológico "mais inteligente", de forma que o próprio organismo elimine a enfermidade. Eles são vitais no desenvolvimento das estratégias do sistema imunológico contra a enfermidade e os gérmens invasores. Além disso também são imunomediadores pois não forçam respostas no âmbito geral apenas as adequadas e especificas a cada situação.

Pode-se dizer que os Fatores de Transferência "armazenam fotografias químicas" dos vírus, das bactérias, dos fungos e parasitas com os quais já se defrontaram anteriormente em algum organismo e transmitem essas informações às células encarregadas do combate as enfermidades do organismo onde forem introduzidos.

Suas possibilidades são quase infinitas a julgar pelas declarações do doutor Estrada: "Os Fatores de Transferência são úteis nas enfermidades geradas por bactérias, vírus, leveduras e fungos. São os casos de doenças tão variadas como a tuberculose (meningocócica, renal e cutânea}, lepra, coccidioidomicose, diabetes tipo II, doenças reinais, otite, herpes Zoster e simples, hepatite B, toxicoplasmose, Ieishmaniose, asma, dermatite atópica, rinite, artrite reumatoide, psoríase, esclerose múltipla, entre muitas outras.

O mesmo cabe dizer dos casos de câncer renal, de próstata, melanomas e linfomas."

 

Os Fatores de Transferência no sangue

Onde obter os Fatores de Transferência? O doutor Estrada centrou seu trabalho na obtenção dos mesmos a partir do sangue, "São obtidos peio rompimento dos glóbulos brancos, ou leucócitos do sangue, e introduzindo o conteúdo recolhido em lima bolsa de diálise com malha muito fina que permita apenas a saída de moléculas minúsculas

de 10 kilodaltons ou menores - de modo a impedir a passagem de vírus, bactérias ou fungos. O extrato de Leucócitos resultante contém um fator capaz de transmitir a resposta imunológica positiva do doador ao organismo recetor. Assim é o Fator de

Transferência e possui lima atividade terapêutica extraordinária e inegável. "

Sergio Estrada reconhece que quando começou a trabalhar com os Fatores de Transferência o fez de uma forma muito céptica, visto que não se sabia ao certo do que se tratava embora houvesse plena consciência da sua atividade terapêutica, A tranquilidade de saber que lidava comum material inofensivo animou-o a utilizá-los progressivamente em mais enfermidades,

Estrada foi depurando o processo de obtenção, passando pelos Fatores de Transferência genéricos - obtidos do sangue de 1.000 pacientes sadios – e chegando aos Fatores de Transferência mais específicos que exigem processos complexos para sua obtenção. "Já existem moléculas bem definidas que transferem a imunidade específica. São moléculas que tem um peso molecular de 5 mil daltons, ou 5 kilodaltons (Kda).

Isso nos assegura o sucesso da terapia nas enfermidades infeciosas, é preciso dar aos pacientes o fator específico para cada mal, embora haja males praticamente universais como o herpes Zoster proveniente de uma complicação da varicela, porém, trata-se do mesmo vírus. Bem, quando criança contraí a varicela, nos curamos sem complicações e ainda adquirimos uma sólida imunidade que se reforça toda vez que reencontramos com seu vírus. Desse modo quase todo jovem mexicano que é os que doam sangue - é imune à varicela. Também por isso, o tratamento do herpes Zoster com Fator de Transferência é um sucesso. Não há nada que se compare, Atualmente, o tratamento médico habitual para esta doença é o 'aciclovir', mas lhe garanto que o fator de transferência é muito melhor:

Em um estudo duplo-cego que fizemos e que foi publicado no 'Journal of Inmunofarmacology', os pacientes tratados com o fator de transferência deixavam de sentir dor após dez dias, enquanto que os tratados com o aciclovir padeciam de fortes dores passados 22 dias, o que demonstra estatisticamente que o fator de transferência é muito mais eficiente no tratamento desse mal, "

 

Os Fatores de Transferência para enfrentar o câncer

Os sucessos obtidos por Sergio Estrada levariam um amigo seu, o doutor Abelardo Monges Nicolau – especialista em Oncologia do Hospital Mocel a experimentar os Fatores de Transferência em pacientes de câncer, um procedimento que vem sendo repetido há dez anos, "A verdade é que estou impressionado com os resultados – nos confessou ele. Basicamente eu os utilizo como método coadjuvante da quimioterapia e devo dizer que a expectativa de vida em todos os tipos câncer e de metástases - é muito superior à obtida com a simples aplicação dos métodos convencionais:" A estrita falta de recursos impossibilita até o momento a realização dos onerosos estudos exigidos para a obtenção cio reconhecimento oficial. Aliás, a falta de recurso parece ser um mal estrutural do México onde temos visto promissoras pesquisas não virem à luz por falta de apoio econômico.

O doutor Estrada nos assegurou por sua vez que em países como a China os Fatores de Transferência são amplamente utilizados para combater enfermidades viróticas como as hepatites B e C que podem causar hepatocarcinomas ou cirrose. Naquele país o percentual de pessoas portadoras do vírus da hepatite que não apresentam sintomatologia é muito grande o que sugere que o Sistema Imunológico é capaz de deter a ação do vírus. Por isso, usa-se o sangue dessas pessoas para obter um extrato dialisado de glóbulos brancos que administrado nas crianças como vacinas- para que não desenvolvam hepatite, se por acaso forem infecta das pelo vírus. Assim também é em Cuba na Eslováquia e na Itália, por um custo muito menor do que o requerido. Por exemplo. pelo tratamento com interferon.

E agora a terceira vantagem é de fácil obtenção não apresentando efeitos colarerais e o custo de produção é produtos como os inrerferons e as interleucinas fato que beneficiaria osdoentes, especialmente no Terceiro Mundo. Para se ter uma ideia da conveniência dos tratamentos com Fatores de Transferência, leia o que nos disse o doutor Estrada: "Para o tratamento de linfomas usa-se um químico chamado CD20 que as células B têm na sua superfície. Há um anticorpo monoclonal capaz de aderir-se a esse grupo químico possibilitando a eliminação das células cancerígenas. O problema é que cada injeção deste método custa 1,800 euros e são necessárias várias injeções. Eis o porque muitos pacientes não terminam o tratamento.

As novas terapias podem ser eficientes, mas, cada vez tornam-se mais caras e inacessíveis. Ao contrário, o Fator de Transferência é fim imunomediador ao alcance de todo o mundo, muito mais fácil de preparar e extraordinariamente mais barato, "

 

O Colostro

A outra linha de investigação encabeçada pelos grandes laboratórios especializados em complementos nutricionais - sustenta que os Fatores de Transferência também podem ser obtidos do colostro do leite - tanto humano quanto animal - que é muito rico em proteínas, entre elas todas as imunoglobulinas - anticorpos que defendem o organismo contra as infeções. Parece claro que a memória imunológica chega ao recém-nascido através do colostro.

O primeiro leite que recebe do peito da mãe. Hoje sabemos que durante o último trimestre da gestação a glândula mamária acumula uma substância chamada précolostro formada principalmente por gotas de plasma, células, imunoglobulinas, lactoferrrina,  soroalbumina, sódio, cloro  e uma pequena quantidade de lactose.

Mais tarde, nos quatro primeiros dias após parto, o colostro é produzido, um fluido amarelado e espesso de alta densidade e escasso volume. Entre 2 e 20 ml por mamada é o suficiente para satisfazer as necessidades do recém nascido embora o colostro possua menos conteúdo energético menos lactose, menos lipídios, glicose, uréia, vitaminas hidrossolúveis, PTH e menos nucleótideos que o leite maduro. Sem dúvida. Contém mais proteínas, ácido siálico, vitaminas lipossolúveis E, A, K e carotenos.

O conteúdo em minerais como sódio, zinco, ferro, enxofre, selênio, magnésio e potássio também é maior no colostro. O colostro tem, sobretudo um conteúdo muito elevado de imunoglobulinas, especialmente, Iactoferrina linfócitos e macrófagos, oligosacarídeos, cirocinas e outros agentes de defesa que protegem os recém nascidos dos gérmens ambientais e favorecem a maturação de seus sistemas imunológicos.

Também contém enzimas intestinais que ajudam a digestão (a lactase e outras enzimas intestinais não estão maduras no recém nascido).

As abundantes imunoglobulinas cobrem o endotélio do tubo digestivo evitando a aderência dos patógenos, facilita a colonização do espaço intestinal por lactobacilos bífidos e contém antioxidantes que o protegem do dano provocado pela oxidação. Pelo exposto se vê a importância do colostro para o recém nascido.

Estudos realizados em animais sugerem deste modo que a lactoferrina – uma das proteínas principais encontradas no colostro - pode ajudar a prevenir ou reduzir os cânceres de colo, bexiga, língua, esôfago e pulmão assim como a formação de metástases de pulmão. Os mecanismos subjacentes estão sob estudo mas parece que se relacionam com a capacidade da lactoferrina melhorar o funcionamento do sistema imunológico.

Cabe acrescentar que o ácido linoleico conjugado e outras gorduras encontradas no colostro, também mostraram propriedades anticancerígenas. Não é de estranhar pois, que voltando aos primórdios da imunologia haja quem tenha olhado para as vacas com o propósito de tentar aproveitar as vantagens do seu colostro, pois afinal, até que aparecesse o “mal das vacas loucas" era um animal preparado para resistir a um grande número de microrganismos.

De fato, seu aproveitamento não é novo. Na India durante milhares de anos os médicos documentaram benefícios do colostro para a saúde e, nos países escandinavos durante centenas de anos se fazia um delicioso pudim de colostro coberto com mel para celebrar o nascimento de herdeiros. Também foi utilizado nos Estados Unidos como antibiótico até a descoberta da penicilina.

Em resumo nos últimos anos numerosas pesquisas confirmaram a possibilidade de desfrute dos benefícios do colostro animal, principalmente do das vacas para reforçar o sistema imunológico. Este é o porque de muitos complementos nutricionais inclui-los em sua composição.

Pois bem, houve quem foi ainda mais longe e não se convenceu que nem sequer a grande quantidade de substâncias do colostro seria suficiente para justificar o salto qualitativo que se processa no sistema imunológico do bebé. Faltava saber como a mãe transmite memória imunológica a seu filho sem transferir anticorpos. Novamente os Fatores de Transferência de Lawrence foram a resposta, fazendo com que pesquisadores e laboratórios se apressassem em extrair colostro das vacas, processá-lo em intensa filtração molecular e acabaram encontrando uma molécula muito pequena: o Fator de Transferência. Isto os motivou a comercializá-los como complementos nutricionais de consumo por via oral.

Testes Americanos e Russos

É preciso acrescentar que uma das pesquisas mais interessantes sobre a capacidade destes produtos foi dirigida pelo doutor Darryl See, que foi diretor do Institute of Longevity Medicine da Califórnia e que trabalhou em diferentes ocasiões para a Upjohn Pfizer Harvard e o Departamento de Defesa Norte Americano, Atualmente dirige uma clínica onde aplica Fatores de Transferência em pacientes de câncer.

O estudo tinha a finalidade determinar os efeitos anticancerígenos "in vitro" de dois produtos da 4Life. Sua conclusão não poderia ser mais clara "Ambos os produtos induzem a destruição das células eritroleucémicas K562 a um nível jamais visto por mim, tão pouco pela literatura médica conhecida. Dado que a função das denominadas células assassinas naturais é crucial para acabar com as células cancerígenas, estes produtos são candidatos ideais para compor uma terapia de apoio ao tratamento do câncer: Além disso as células assassinas naturais formam a linha de freme na defesa contra infeções por vírus e outros microrganismos.”

Danyl See publicaria em fevereiro de 1999 uma pesquisa no Journal of the American Nutraceutical Association na qual estudava a capacidade de 196 produtos naturais e atóxicos para aumentar a atividade das células assassinas naturais. Alguns produtos aumentaram a atividade delas em 48.6%, mas o Fator de Transferência obtido do colostro alcançou os 103%, Além disso, quando o Fator de Transferência foi combinado com uma série de agentes químicos os beta-glucanos de múltiplas fontes, Acemanano e IP6 - resultou um incremento sinergístico da atividade das células assassinas naturais de 248%. Essa combinação de Fator de Transferência de colostro, fatores químicos e extratos de polissacarídeos biologicamente ativos é o produto testado mais ativo até então.

Em uma terceira etapa Danyl See fez um estudo "in vivo" com vinte pacientes- 12 homens e 8 mulheres - que tinham cânceres em fases III e IV. A média de idade era de 49.3 anos e todos haviam sido liberados por seus oncologistas para morrer em casa. A esperança média de vicia era inferior a 120 dias. Pois bem, o protocolo consistiu em dar a cada paciente 9 cápsulas diárias de Fatores de Transferência. Passados 240 dias 16 deles ainda viviam. Alguns melhoraram, outros estavam estabilizados e em alguns o câncer estava regredindo. Foi constatado também que o número de células assassinas naturais havia aumentado em média 400%.

Na mesma linha de intenção de confirmar a capacidade dos Fatores de Transferência comercializados pela 4Life, os doutores Calvin McCauslande Emma Oganova projetaram um estudo para provar a influência nas células assassinas naturais. Também o doutor Anatoli Vorobiev - da AcademiaRussa de Ciências Médicas – dirigiu uma equipe em testes independentes. Utilizando testes duplo-cego de citotoxicidade foram combinadas células cancerígenas com células assassinas naturais de humanos. Dividiram as células assassinas naturais em dois grupos: um ativado com Fatores de Transferência outro não ativado. Os resultados mostraram conclusivamente a capacidadedos Fatores de Transferência para reforçar a atividade das células assassinas naturais em 283% e, inclusive no caso do produto mais avançado, extraordinários 437% acima da resposta imunológica normal (resposta estabelecida como linha base do estudo). Além disso: os resultados desse experimento científico demonstraram que as células assassinas naturais ativadas com Fatores de Transferência matavam 99% das células cancerígenas o que supera a capacidade natural do organismo.

-Diante de resultados tão excecionais os cientistas russos solicitaram de imediato maiores informações sobre as amostras obtidas. "A amostra da 4Life (composto Transfer Factor E-XF) potenciou a atividade das células assassinas naturais mais do que o fármaco Interleucina-2 (IL2) utilizado de maneira padrão. Diante dessa conclusão denominaremos essa amostra como 'a interleucina de ouro”- reportaria ao laboratório o doutor Kisielevsky, membro da Academia Russa de Ciências Médicas.

De fato os resultados foram tão extraordinários que em dezembro passado, segundo afirma a 4Life, o ministério da saúde russo aprovou o uso de seus Fatores de Transferência como mediadores imunológicos em hospitais e clínicas da federação. Os resultados dos dez ensaios clinico e dos estudos experimentais efetuados com esse, produtos ficaram gravados no documento metodológico aprovado pelo ministério e que permite aos médicos utilizá-los na prática clínica.

Evidentemente ainda há muito que alcançar no campo da Imunoterapia e dos Fatores de Transferência – sejam genéricos ou específicos - mas independentemente se são obtidos do colostro bovino ou do sangue eles demonstram ser uma promissora ferramenta terapêutica.

Mais que testada depois de 30 anos de experiências em múltiplas patologias, entre elas o câncer, ainda que até agora hajam sido utilizados basicamente como compensadores do desastre causado pela quimioterapia,

Fonte:

António F. Mauro

Revista Discovery Salud

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